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Morreu um dos últimos resistentes das equipas duplamente campeãs nacionais e vencedoras da Taça de Portugal nos anos 50. Carlos Duarte, avançado nascido na cidade angolana de Nova Lisboa, hoje Huambo, pereceu esta terça-feira aos 89 anos e deixou para trás um belíssimo legado ao serviço do FC Porto.
Ao longo de doze épocas de azul e branco no equador do século XX, o extremo fez as delícias dos adeptos portistas enquanto trocava as voltas ao adversário com uma capacidade de drible única e uma velocidade ímpar para a época. Nos 228 jogos em que vestiu de azul e branco, o avançado assinou 98 golos, consagrando-se como um dos melhores marcadores da história do clube e um dos grandes artilheiros do seu tempo.
As meras sete ocasiões em que foi chamado a representar a seleção portuguesa bastaram para que marcasse à poderosa Inglaterra em Londres e recebesse uma ovação do conhecedor público presente nas bancadas do mítico Estádio de Wembley. Admirador de Di Stéfano e de Paris, viu o emblema que o acolheu em terras lusas rejeitar uma oferta choruda oriunda do todo-poderoso AC Milan em 1958 e, no ano seguinte, lesionou-se com gravidade num joelho.
Mudou-se para Matosinhos na reta final da carreira e terminou o glorioso percurso futebolístico a marcar ao Sporting com as cores leixonenses. Em 2003, das mãos de Álvaro Pinto, viria a receber o Dragão de Ouro para Recordação do Ano.
O FC Porto solidariza-se com os familiares e amigos, endereçando-lhes as mais sentidas condolências.
Fonte: FC Porto
Partiu um de nós. Um dos últimos resistentes das equipas duplamente campeãs nacionais e vencedoras da Taça de Portugal nos anos 50.
12 épocas de Dragão ao peito, 228 jogos e 98 golos.
Até sempre, Carlos Duarte.À família e amigos, deixamos as mais sentidas condolências. pic.twitter.com/E9IWg6W78I
— FC Porto (@FCPorto) August 24, 2022
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