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O FC Porto defronta hoje o Olympiakos, às 20h, no Dragão.
Na conferência de imprensa, Conceição falou sobre vários temas.
Menos de 72 horas depois da receção ao Gil Vicente, relativa à Liga NOS, o FC Porto volta a entrar em campo no Estádio do Dragão para defrontar o Olympiacos. Esta terça-feira, às 20 horas de Portugal continental, os azuis e brancos recebem o emblema de Atenas na segunda ronda da fase de grupos da Liga dos Campeões. Para Sérgio Conceição, o encontro não é “decisivo” mas, tal como a conquista dos três pontos, é “importante”. O treinador campeão nacional vê “com muito gosto” o regresso “tardio” do público aos recintos desportivos e reconhece que, pela frente, os portistas terão um conjunto “experiente e bem orientado”. “É muito importante ganhar jogos, e os jogos em casa. Vamos ter agora duas jornadas em casa e é fundamental ganharmos os jogos”, conclui o timoneiro que cumpre a quarta época ao leme dos Dragões.
Jogo importante, mas não decisivo
“Obviamente que o jogo de amanhã é importante e a conquista dos três pontos também. Não fica nada decidido, mas é um jogo que tem o seu peso, sem dúvida nenhuma.”
Equipa confortável no novo sistema tático
“Se eu sentisse que a equipa não estava confortável, e foi uma forma diferente de jogar, entre o jogo com o Manchester City e o Gil Vicente, não o faria. Os jogadores têm de se sentir confortáveis dentro de um sistema que é a base para trabalharmos os diferentes momentos do jogo. Se perguntarem se forma de atuar tem sido recorrente ou habitual, não tem. Mas, hoje, com o trabalho que nós temos feito com muitos destes jogadores, não só este ano, porque trabalhamos sistemas alternativos ao que temos utilizado mais. Neste caso, o 4-4-2 ou o 4-3-3, mais na fase da época passada e no início desta. Nós trabalhamos isso ao pormenor para que os jogadores possam dar uma boa resposta e se sintam confortáveis nesse modelo. Depois, passa por toda uma dinâmica e uma identidade que a equipa tem que não muda. E isso é importante realçar.”
Otávio e Luis Díaz em dúvida até à hora do jogo
“O Otávio e o Luis Díaz estão, ainda em dúvida. Não sabemos se podemos contar com eles, vamos ver até à hora do jogo. Não são lesões graves e é por isso que existe esta dúvida até à hora do jogo, praticamente. Em relação ao público, é com muito gosto. Peca por tardia, na minha opinião, a entrada do público nos estádios. Olhando para aquilo que tem sido o panorama, nomeadamente em alguns eventos onde tem havido público, se calhar de uma forma não tão segura como estarem 3.750 pessoas num estádio de 50 mil.”
Adversário experiente e bem orientado
“Conhecendo um bocadinho o Pedro (Martins) e o que, normalmente, é o comportamento das equipas dele, acho que não vai mudar muito do que tem sido habitual. Para já, temos de olhar para o Olympiacos como uma equipa que tem, também, muitas presenças na Liga dos Campeões. É uma equipa que está habituada a estes palcos, onde a própria federação grega protege as equipas. Ainda agora, e vocês sabem porque é público, foi adiado o jogo com o PAOK que, neste momento, se calhar é o principal rival do Olympiacos na Grécia. O que, por si só, diz muito da proteção e do olhar para a Europa que as pessoas da federação têm. Obviamente tem de haver essa união e esse comungar de ideias para que as equipas se sintam mais frescas na Europa e possam dar uma resposta diferente do que tendo só dois ou três dias de recuperação. Por isso, é uma equipa que vai estar mais fresca do que nós. É uma equipa, também, experiente e bem orientada, por um treinador que conhecemos e que, desde o início da época, tem sete jogos e apenas um golo sofrido. É, obviamente, uma boa equipa. Acabou de ganhar ao Marselha, que integra um campeonato muito interessante como o francês. Vamos ter as nossas dificuldades e eles também vai encontrar dificuldades frente a um FC Porto que quer ganhar o jogo. Há bocado perguntaram ao Corona se era uma desvantagem jogar contra um treinador português. Hoje em dia há muita informação, independentemente da nacionalidade do treinador ou dos jogadores. Temos acesso a tudo e mais alguma coisa para que estejamos bem informados para o potencial individual e coletivo da equipa do Olympiacos.”
Trabalho pode compensar as saídas
“Temos que olhar para nós, como o Corona dizia, e bem. Temos que levar o jogo para onde nós queremos. Obviamente que não vou partilhar convosco a forma como vamos abordar o jogo em termos estratégicos, porque faz parte do que nós trabalhamos a pensar no Olympiacos. Mas centramos muitas atenções na nossa equipa e no que devemos fazer para ganhar o jogo. Em relação às bolas paradas, nós trabalhamo-lo sempre. Você quer referir que o Alex Telles foi embora, que era um exímio marcador de livres e um jogador importante nesse momento. Teremos de trabalhar com outros para que esse momento do jogo seja importante. No último jogo da Champions o primeiro golo foi de bola parada, num penálti, onde toda a gente viu o que se passou. Uma falta a nosso favor transformada num penálti. O segundo golo, do Gundogan, foi de livre também. É sempre um momento importante do jogo que vamos continuar a trabalhar, independentemente de podermos ter mais ou menos potencial. Acho que o trabalho pode compensar a saída de um jogador importante nesse momento como era o Alex Telles.”
Treinador conta com todo o plantel
“Incluí o Fábio (Vieira) porque é um jogador da equipa principal. Não olhei para ele como um jogador da formação ou como um jogador que tem 20 anos. Olho para 26 ou 27 profissionais que tenho à disposição e escolho o melhor onze. Nós, dentro do pouco tempo que temos de treino e com alguns dos reforços que chegaram, temos de dar algum tempo a esses mesmos jogadores. E incluí-los dentro da equipa onde eles se sintam confortáveis. O Sarr foi utilizado sem muito tempo, parece um contrassenso, mas foi incluído na equipa porque jogou dois anos em França num sistema de três centrais, onde se sente confortável nesse lugar e tinha dado excelentes indicações para eu poder optar por ele, mesmo num jogo de elevado grau de dificuldade como tivemos com o Manchester City. Por isso, temos de ir dando tempo aos poucos, mesmo tendo pouco tempo para trabalhar, como vocês sabem. Os jogos são todos para ganhar ou ganhar, se não arriscamo-nos, tanto na Liga dos Campeões como no campeonato, a perder pontos que podem ser decisivos no final.”
Penáltis falhados são erros e todos os cometem
“Há uma ordem de marcadores de penálti, de acordo com aquilo que nós treinamos. O Matheus (Uribe), em dez penáltis faz dez golos no treino. Não fez no jogo, mas acontece. É como um ponta de lança falhar um jogo em cima da baliza, como um defesa ou um guarda-redes cometerem um erro. Faz parte do jogo e eu também erro muito.”
Fundamental ganhar no Dragão
“É sempre fundamental ganhar os jogos em casa. Lembro-me, no meu primeiro ano, de termos perdido o primeiro jogo em casa com o Besiktas. Penso que foi o único jogo em casa, na fase de grupos, que perdemos. Na jornada seguinte fomos ganhar ao Mónaco por 3-0. É muito importante ganhar jogos, e os jogos em casa. Vamos ter agora duas jornadas em casa e é fundamental ganharmos os jogos. Não sendo decisivo, é muito importante, como comecei por dizer.”
Fonte: FC Porto
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