Futebol

“Aos adversários era preciso atira-la lentamente”

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Diogo Dalot, antigo jogador do FC Porto, formado no Olival, falou à UEFA Magazine sobre os primeiros tempos de azul e branco.

Nessas declarações foi possível perceber o ADN do Dragão e aquilo que é cultivado, desde o berço, no Dragão.

Cada jovem jogador que cresceu num clube tão grande como o FC Porto [desde tenra idade] aprende os valores do clube. Quando digo valores, refiro-me à forma como se devetrabalhar a cada dia, à maneira como se deve abordar cada jogo, cada sessão de treino. E isso é algo que é difícil de explicar àqueles que estão no exterior. Mas uma vez lá dentro, a partir do momento em que sentimos a atmosfera do clube, é definitivamente algo que percebemos de imediato e eu tive a sorte de crescer nesse contexto e naquele clube, desde os meus dez anos de idade”.

“É algo que quero preservar até o resto da minha carreira. Trata-se de ser profissional todos os dias, sentir a paixão que é fundamental para cada jogo, cada sessão de treino e sentir a energia dos adeptos”.

“[Ir ao estádio em criança] dá-te pequenos estímulos para aquilo que são as tuas ambições. Eu estava a dar um passo de cada vez. Primeiro fui para as bancadas. Estava com o meu pai, a ver a atmosfera nas bancadas e penso que isso é algo que todos podem experimentar, porque todos somos adeptos de futebol e vamos aos estádios e conseguimos senti-lo. Mas depois, penso que quando comecei a sentir um pouco mais foi quando comecei a ir ao estádio como apanha-bolas. Estar ali no campo, nas linhas laterais ou atrás da baliza ou, como eu disse, nas linhas laterais, começa-se a experimentar coisas diferentes”.

“Começamos a ouvir os treinadores, os jogadores e os diretores a comunicarem uns com os outros. Às vezes estava na zona do quarto árbitro e começava a ouvir os árbitros a falarem uns com os outros. Foi assim que pude viver experiências diferentes que, geralmente, os adeptos de futebol não podem, porque estão mais distantes nos estádios, nas bancadas. Estava fascinado com várias coisas. Adorava ir como apanha-bolas, por exemplo, 15 minutos mais cedo, para poder ver o primeiro aquecimento dos guarda-redes. Ficava simplesmente ali parado a vê-los comunicar, como fazem as coisas, como comunicam, como se preparam”.

Depois desvendou que no seu tempo havia uma regra, revelando um pouco do ADN do FC Porto e da cultura e exigência de vitória que se passa desde cedo.

“No FC Porto tínhamos uma regra: sempre que íamos dar a bola à nossa equipa, tínhamos de ser rápidos. Mas depois, para o adversário, era preciso atirá-la lentamente ao chão e às vezes demorar um bocadinho mais. Portanto, como eu disse, estas são as pequenas coisas que se aprendem desde tenra idade, que talvez possamos começar a fazer a nível profissional, sendo por vezes um pouco atrevidos aqui e ali. Tenho muitas histórias divertidas de quando era apanha-bolas”.

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