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Foi com a voz embriagada que Conceição lembrou o chefinho Reinaldo Teles.
Tal como Conceição lembrou, Reinaldo acompanhou o jovem Sérgio, vindo de Coimbra, desde os ..16 anos.
Quase a chorar, Conceição ainda ganhou forças para comentar esta importantte vitória:
Sobre o “Sr. Reinaldo”
“É esse misto de agrado pela vitória e profunda tristeza com que estamos nós, portistas, e o mundo do futebol. O senhor Reinaldo era uma figura amada por todos os clubes e por todo o mundo do futebol. Daqui o meu abraço e da equipa. Pudemos ganhar este jogo e dedicar-lhe a vitória, queríamos muito dedicar-lhe a vitória. É uma tristeza enorme, o senhor Reinaldo viu-me chegar aqui com 16 anos, conhece a minha família, era um amigo. Não é fácil, mas é a vida”.
Sobre a vitória
“Foi um jogo difícil frente a uma equipa que, se vencer os dois jogos que tem em atraso, fica em primeiro lugar no campeonato francês, que é uma Liga bastante competitiva. Entrámos bem na partida, sentimos que o Marselha queria muito os três pontos para manter a esperança na qualificação. Estiveram um pouco mais agressivos e intensos. Nos primeiros 20 minutos, enquanto não mudei uma ou outra peça, sentimos dificuldades. Ajustámos e o golo surgiu. A segunda parte foi nossa, praticamente. Depois da expulsão [Balerdi 70’], conseguimos o 2-0 num lançamento de linha lateral para aproveitar uma distração, situação que foi falada na palestra. Foi um resultado merecido pelos jogadores que foram verdadeiros campeões. Falta um ponto e todos os pontos são difíceis na Champions. Estamos a trabalhar para conseguir o que toda a gente quer, que é a passagem aos oitavos de final. Não gosto da palavra gestão. Quem tenta gerir quando está a ganhar acaba por cometer alguns erros, baixar intensidade e acaba por sofrer. Já tivemos dissabores por causa disso. Gosto de ver a equipa a ganhar e com os olhos postos na baliza do adversário, muito coesa em termos defensivos para poder dessa forma gerir o jogo, com intensidade alta para conseguir fazer mais um golo e não para tentar não sofrer. O segredo está aí. Os jogadores sabem o que eu quero e interpretaram na perfeição essa gestão durante o jogo”.
Mais tarde, na conferência de imprensa, Conceição voltou a lembrar o Chefinho
“Esta vitória é para a família e para o seu irmão. Passou muitos anos aqui no FC Porto e era amado por toda a gente, não só do FC Porto. Quando soube do seu falecimento é obvio que me tocou particularmente. Cheguei ao FC Porto com 16 anos e todo o meu trajeto foi sempre acompanhado pelo senhor Reinaldo. É uma tristeza profunda da minha parte e das pessoas que amam o FC Porto. A preparação do jogo não mudou. Agora, em termos emocionais é difícil gerir uma situação do género. Tive de o fazer, porque sou profissional. Não foi nada fácil. Foi dos momentos mais difíceis que eu tive, nesse sentido, na minha carreira”.
https://youtu.be/axupF05JNFg
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