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80 minutos de batalha em Serpa ditaram a passagem do Benfica ao derradeiro encontro da final four da Supertaça (37-36). Com dois guarda-redes ao mais alto nível em ambas as balizas, a falta de eficácia portista em certos períodos e algumas decisões da equipa de arbitragem em momentos cruciais pesaram na decisão de um jogo repleto de qualidade e intensidade. Nikolaj Laeso e Daymaro Salina foram os melhores marcadores portistas no jogo, ambos com cinco golos.
Numa primeira parte recheada de qualidade e intensidade, foram os reforços que sobressaíram no FC Porto. Jakob Mikkelsen e Nikolaj Laeso foram titulares e, nos primeiros dez minutos, distribuíram entre eles os cinco golos azuis e brancos. Sete minutos sem qualquer remate bem-sucedido entre os 8 e os 15 da etapa inaugural resultaram numa desvantagem de três golos, que havia de perdurar até à entrada de Nikola Mitrevski. Esse momento coincidiu com um período de maior produtividade portista. As três defesas do guardião, somadas a um parcial de 3-0 conseguido entre os 20 e os 25 minutos colocaram a desvantagem em apenas um golo, a diferença que se fixou ao intervalo (17-16).
Os tricampeões nacionais entraram mais coesos na segunda parte, com melhorias significativas no momento defensivo, e aos 35 minutos chegaram ao empate, que já não se registava desde os 5-5 (19-19). O período de maior acerto fez com que o FC Porto ganhasse uma vantagem de três golos no placar a 15 minutos do fim (24-21), mas o Benfica respondeu, com grande culpa do guarda-redes Sergey Hernandez, e conseguiu reduzir para a desvantagem mínima (27-26).
Os últimos instantes foram de parada e resposta e a qualidade e coragem de Mitrevski foram determinantes, mas não chegaram para dar a vitória no tempo regulamentar. À entrada para o último minuto, com 29-28 para os Dragões, o guardião macedónio fez uma fantástica intervenção, mas a equipa de arbitragem, de forma incompreensível, expulsou Rui Silva e levou o Benfica para a linha de sete metros. Os lisboetas marcaram e soou a buzina a assinalar o final dos 60 minutos com empate a 29-29 no marcador.
Os Campeoníssimos entraram com o pé esquerdo no prolongamento, falharam dois ataques consecutivos, mas os golos de Daymaro (2) e de Mikkelsen, juntamente com mais uma extraordinária defesa de Mitrevski, mantiveram tudo empatado no final da primeira parte (31-31). Nos últimos cinco minutos, Ignacio Plaza foi admoestado com uma exclusão por dois minutos, mas o Benfica perdeu o primeiro ataque e uma ação ofensiva de grande inteligência de Miguel Alves resultou no 32-31 para os portistas.
Mitrevski voltou a mostrar que é o melhor guarda-redes a atuar em Portugal, o guarda-redes do Benfica respondeu e o adversário conquistou um livre de sete metros, que marcou (32-32). Fábio Magalhães e Daymaro Salina não conseguiram converter em golo mais um ataque decisivo e o oponente chegou à vantagem na resposta (33-32). Com menos de 40 segundos para jogar, Leonel Fernandes marcou com um ângulo apertadíssimo e obrigou a serem jogados mais 10 minutos (33-33).
Fábio Magalhães marcou o primeiro golo do segundo prolongamento (34-33), Ole Rahmel respondeu a partir de um livre de sete metros e depois de os azuis e brancos terem desperdiçado novo ataque, Adam Juhasz atingiu Miguel Alves na face, marcou e o golo foi validado. O ponta direita do FC Porto respondeu no ataque seguinte (35-35) e Nikola Mitrevski voltou a agigantar-se entre os postes para negar mais um remate ao Benfica. A quatro segundos do fim, o remate de Laeso foi desviado pelo bloco e manteve-se a igualdade no placar.
Depois de um golo do Benfica e da resposta de Pedro Cruz, Belone Moreira falhou e Fábio Magalhães não conseguiu fazer melhor. Os portistas conseguiram recuperar novamente a posse do esférico na defesa e nem uma chapada tremenda de Grigoras a Laeso valeu dois minutos ao jogador. Sergey Hernandez defendeu ainda por duas vezes as tentativas de golo do FC Porto e Petar Djordjic decidiu o jogo a favor dos lisboetas (37-36).
“Foi um jogo muito difícil e é complicado jogar nestas condições. Foi decidido nos pormenores, é complicado perder no prolongamento. Acho que só os árbitros podem explicar a expulsão do Rui Silva, sou treinador e não árbitro. Houve duas boas equipas e o Benfica teve mais sorte. Eles têm uma boa equipa e amanhã o Sporting é o maior favorito porque o Benfica jogou 80 minutos”, afirmou Magnus Andersson após o final do encontro.
FICHA DE JOGO
BENFICA-FC PORTO, 37-36
Supertaça, meia-final
10 de setembro de 2022
Pavilhão Carlos Pinhão, em Serpa
Árbitros: Daniel Martins e Roberto Martins
BENFICA: Sergey Hernandez (1) e Gustavo Capdeville (g.r.); Adam Juhasz (2), Jonas Kallman (3), Belone Moreira (2), Paulo Moreno (4), Carlos Martins (1), Alexis Borges (1), Ole Rahmel (12), Ander Izquierdo (1), Arnaud Bingo, Leandro Semedo, Demis Grigoras (2), José Silva, Petar Djordjic (8) e Vladimir Vranjes
Treinador: Chema Rodríguez
FC PORTO: Nikola Mitrevski e Sebastian Frandsen (g.r); Pedro Valdés, André Sousa, Jakob Mikkelsen (2), Pedro Cruz (3), Nikolaj Laeso (5), Rui Silva (3), Daymaro Salina (5), Ignacio Plaza, Jack Thurin (2), Leonel Fernandes (2), Diogo Branquinho (3), António Areia (3), Miguel Alves (4) e Fábio Magalhães (4)
Treinador: Magnus Andersson
Ao intervalo: 17-16
Fonte: FC Porto
🤾♂️Resultado final após dois prolongamentos#FCPortoAndebol #FCPortoSports pic.twitter.com/Mx9dCJrE0q
— FC Porto (@FCPorto) September 10, 2022
Os adeptos também se mostram revoltados nas redes sociais
Golo com patins no Hóquei
Expulsão e livre de 7 metros pq o Rui Silva meteu a bola no chão. Resultou no empate e prolongamento.
Arbitragens com muito azar neste sábado. Coincidências da vida!
— Pedro Alves 🌷(Cada um assina) (@PedrooA09) September 10, 2022
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