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José Gomes, ex-treinador de Nanu no Marítimo, deu uma entrevista muito interessante ao jornal OJOGO sobre as características do novo lateral direito dos dragões.
“O Nanu tem na velocidade uma das suas princi-
pais características. Fisicamente é muito forte. É incrível como chega aos últimos minutos com capacidade para sprintar e desequilibrar.
Tem ainda uma boa capacidade de remate”, esta última parte, infelizmente, já sofremos na pele 🙁
O atual treinador do Almería detalhou ainda mais as características de Nanu, explicando que é um jogador “destemido”.
““É um jogador destemido. Defensivamente agarra os duelos e vai ganhan-do pontos à medida que o jogo vai passando nessa luta direta com o adversário que está mais próximo. Depois de de-armar o adversário e de recu- perar a bola, sabe que está a somar pontos. Ofensivamene faz coisas destemidas. Não tem medo dos duelos individuais. Há jogadores que se protegem mais porque não gostam de se expor aos duelos individuais, mas ele não tem medo desses duelos, sejam defensivos ou ofensivos. É capaz de ir para cima de um adversário, pode perder a bola, mas a se-guir vai novamente para cima dele. Se ele conhecer o adversário direto, é capaz de fa-lar com ele e dizer-lhe quantas vezes ganhou os duelos individuais. É muito competitivo e isso é bom para o desenvolvimento do jogador”.
Como nem tudo são mar de rosas, José Gomes também lhe apontou aspectos a melhorar no seu jogo, nomeadamente o cruzamento.
““Tecnicamente tem de melhorar os cruzamentos. Algumas vezes nem precisava de cruzar, era só fazer um passe para trás, mas isso era uma guerra que eu tinha com ele. Fez algumas assistências, porque tem muita facilidade em chegar à linha de fundo. Estando lá, tem facilidade em progredir e de aproximar-se da baliza. Havendo essas linhas de passe, é aconselhável que faça um passe para trás em vez de fazer o cruzamento”. Ainda assim, garante o treinador que conseguiu extrair o melhor de Nanu, o internacional pela Guiné-Bissau mostra humildade em aprender:
“Ele ouvia bem o que lhe pedia. Que remédio tinha ele.Gosta de aprender, mesmo que em alguns momentos resista, apresentando argumentos que o defendam. Mas depois é capaz de refletir, até porque fornecíamos imagens dos lances dele e, no dia seguinte, reconhecia que tínhamos razão e pedia ajuda para melhorar em determinados aspetos. Gostei muito de trabalhar com ele”, finalizou o treinador.
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