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O que se passou esta tarde em Barcelos é mais uma mancha no já debilitado hóquei em patins. O encontro da 14.ª ronda do campeonato, que opôs o Óquei de Barcelos ao FC Porto, terminou com vitória do conjunto da casa pela margem mínima (5-4) depois de uma sucessão de decisões muito infelizes – para não dizer mais – da dupla de arbitragem composta por Rui Torres e Sílvia Coelho.
O início do jogo de abertura da segunda volta foi fulgurante para o FC Porto, já que Rafa atirou à meia-altura após passe atrasado de Ezequiel Mena e adiantou os Dragões logo aos três minutos. Aos oito, Xavier Malián levou a melhor sobre Luís Querido no primeiro duelo entre ambos. Sensivelmente a meio da etapa inaugural, um disparo de longa distância da autoria de Xavier Barroso só parou no fundo das redes (2-0). Na resposta, Alvarinho desviou uma iniciativa atacante dos da casa e traiu o antigo colega de equipa encarregue de defender a baliza azul e branca (2-1).
O festival dos grandes protagonistas da jornada começou a quatro minutos do descanso. Não satisfeita por ter assinalado uma grande penalidade a favor do Óquei de Barcelos que mais ninguém viu, Sílvia Coelho mandou repetir após grande defesa de Mali com o patim esquerdo. À segunda tentativa, missão cumprida e 2-2 no marcador. Naturalmente inconformado, Gonçalo Alves transformou em golo uma forte stickada (3-2). Nos derradeiros trinta segundos prévios à ida para as cabines os barcelenses ainda dispuseram de uma bola parada – e da repetição da mesma, claro está – para reporem a igualdade, mas tal não sucedeu.
Após o descanso, a formação orientada por Rui Neto voltou ao rinque em maré de sorte e de acerto. À meia hora de jogo, um ataque prometedor do FC Porto terminou em golo do capitão adversário (3-3). A nove minutos do término da contenda, Alvarinho viu ser-lhe perdoado um cartão azul por falta para penálti sobre Carlo Di Benedetto. O internacional francês viria mesmo a marcar pouco depois, na sequência de uma combinação com o colega de ataque que resultou no 4-3 a favor dos da Invicta. Já com guarda-redes avançado, o Óquei de Barcelos chegou à igualdade e Alvarinho ao bis.
O momento que decide o jogo surgiu mesmo no último suspiro, quando o cronómetro já não deixava tempo para mais. No rescaldo de um lance confuso junto da baliza minhota, Gonçalo Alves acaba por cair na pista e tentar disputar a bola com o stick. Sem que o 77 portista tocasse em alguém – como é notório nas imagens televisivas – os juízes da partida sancionaram-no com a cartolina azul e apontaram para a marca de livre direto. Daí, Miguel Rocha apontou ao ângulo inferior e selou uma vitória que só serviu para descredibilizar ainda mais a modalidade. Um penálti mal assinalado, um erradamente mandado repetir, um por assinalar e um cartão azul inexistente: é este o resumo do Óquei de Barcelos 5-4 FC Porto.
No próximo sábado, o FC Porto regressa ao Dragão Arena para defrontar o Turquel (18h00, FC Porto TV/Porto Canal).
ÓQUEI DE BARCELOS-FC PORTO, 5-4
Campeonato Nacional, 14.ª jornada
9 de janeiro de 2022
Pavilhão Municipal de Barcelos
Árbitros: Rui Torres e Sílvia Coelho
ÓQUEI DE BARCELOS: Constantino Acevedo (g.r.), Darío Giménez, Luís Querido (cap.), André Centeno e Miguel Rocha
Suplentes: Bruno Ferreira (g.r.), Zé Pedro Pereira, João Guimarães, Danilo Rampulla e Alvarinho
Treinador: Rui Neto
FC PORTO: Xavier Malián (g.r.), Reinaldo García (cap.), Rafa, Ezequiel Mena e Gonçalo Alves
Suplentes: Tiago Rodrigues (g.r.), Telmo Pinto, Carlos Ramos, Xavier Barroso e Carlo Di Benedetto
Treinador: Ricardo Ares
Ao intervalo: 2-3
Marcadores: Rafa (3m), Xavier Barroso (14m), Alvarinho (16m e 50m), Luís Querido (21m), Gonçalo Alves (23m), Miguel Rocha (31m e 50m) e Carlo Di Benedetto (43m)
Fonte: FC Porto
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