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Nakajima falou, finalmente, do que aconteceu – pelo menos na sua versão -no período COVID aquando do regresso aos treinos do FC Porto para o fecho da época 20/21, em que o japonês se recusou a treinar com os colegas.
Agora, Nakajima, em declarações à revista japonesa Goethe, explicou o que se passou e garantiu não se arrepender de nada:
“Naquela altura não sabia o que era o coronavírus e não havia cura. A minha esposa tem asma e uma pneumonia era séria ameaça à vida. Algumas pessoas morreram assim e a minha filha ainda era pequena. Para mim, a família é a coisa mais importante, coloco-a acima de tudo.
Enquanto outras equipas ainda treinavam com pequenos grupos de jogadores, o FC Porto começou a treinar com toda a equipa. Tínhamos duas salas separadas, mas não parecia socialmente distanciado. A minha mulher estava doente na altura se eu fosse infetado com covid-19 colocaria a minha família em risco. Não quero ver minha esposa e filha sofrerem, então tomei a decisão de ficar com elas. O médico disse que havia 99,9 por cento de hipóteses de não acontecer nada, mas depois perguntei-lhe se ele podia garantir o mesmo se a minha família ficasse infetada com o vírus. (…) Não participei nos treinos, perdi a minha posição na equipa, mas não me arrependo”.
Depois, revelou onde quer continuar a carreira: jogar num país onde os filhos possam crescer.
“A verdade é que a cada ano que passa estou mais velho [28 anos], mas quero manter a cabeça no lugar. Quero dar o meu melhor e crescer dia a dia. Acho que vai ser difícil, mas quero fazê-lo. Quero melhorar ainda mais o meu futebol para poder fazer aquelas jogadas que só eu sei fazer. Se pudesse escolher, gostava de jogar numa liga de um país que é bom para criar filhos”.
Sobre o sonho do Mundial, Naka não deita a toalha ao chão, mas sabe que é difícil.
“Fiquei de fora da seleção do Japão, se precisarem de mim estarei disponível. Como só há uma chamada antes do Mundial, a possibilidade é bem baixa. Costumava pensar que definitivamente seria selecionado, mas agora não me importo se não for.”
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