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Muito se tem falado do caso do menino do Benfica que terá sido obrigado a tirar a camisola do clube encarnado no Estádio do Famalicão.
A situação noticiou muitas queixas e já gerou comunicados do Benfica, de Pedro Proença, do secretário de Estado do Desporto e Juventude João Paulo Correia e dos mais variantes quadrantes, exprimindo total indignação com o caso.
No entanto, há minutos, o diretor do Rio Ave, Vítor Ramos – que nada tem a ver com o assunto, é só alguém que conhece as regras – já veio repor toda a verdade e garantir: a responsabilidade e culpa é toda do pai da criança, que inclusive desafiou as autoridades.
“O caso da criança de Famalicão e um pai irresponsável!
Depois de já tanto vomitar ao ler tudo o que é notícia sobre isto, e de ouvir os abutres que gostam muito de aparecer nestas alturas popularuxas porque afinal o futebol até lhes dá jeito, vamos a factos:
1- Grande parte dos clubes adoptou a regra de proibição de entrada de adereços do visitante por duas grandes razões: a) segurança. Sim, segurança! Aquela palavra tão cara que exigem sempre aos clubes de futebol. Imaginem o que é termos uma bancada destinada ao visitado e de repente termos gente no meio com outras cores. Só quem nunca foi ao futebol duvida das escaramuças que isto gera. b) garantir ou pelo menos tentar que uma bancada destinada ao visitado seja mesmo para o visitado, lutando contra a invasão que estes visitantes costumam sempre tentar.
2- Ninguém obrigou aquele pai a ir para uma bancada de Sócios do Famalicão. Foi, porque quis.
3- Forçou a entrada no estádio, com um filho vestido com uma camisola do visitante. Não satisfeito com a indicação profissional do ARD (assistente de recinto desportivo), e como pai extremoso e responsável que é, tentou desafiar a autoridade e chamou um polícia. Polícia que fez o seu trabalho e alertou o pai de que tinha de cumprir as regras do promotor do evento.
4- É importante lembrar que um jogo de futebol não é um evento público. É um evento PRIVADO, sujeito a regras.
5- Como pai super responsável, tirou a camisola ao filho. Sim, foi ele que meteu a criança nessas condições, e fê-lo entrar assim no estádio à sua responsabilidade. Já lá dentro, desafiou a autoridade de ARD e Polícia, tentando vestir novamente a camisola ao filho.
Posto isto, está meio mundo a discutir um problema que não é problema, em vez de se discutir a qualidade da formação cívica em Portugal, a responsabilidade de certos pais (percebem agora porque não se pode deixar entrar certa gente, para certos locais? São capazes de tudo pelo “seu” Benfica, Porto, Sporting), e o constante desafio à autoridade e às regras que o português mesquinho tanto gosta
Além de falta de cultura desportiva, falta imensa cidadania a este nosso povo.
E o que dizer do Governo e da Comunicação Social sobre isto? Vivemos mesmo tempos de hipocrisia e de populismo histérico.
Salve-se quem puder.»
Está assim reposta a verdade dos factos!
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